quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

VESTUÁRIO E OBJETOS DOS ESPÍRITOS


VESTUÁRIO E OBJETOS DOS ESPÍRITOS
Estudo com base no O Livro dos Médiuns, cap. VIII, Laboratório do Mundo Invisível, itens de 126 à 131.
Obra codificada por Allan Kardec.
Pesquisa: Elio Mollo


Em relatos de aparições de Espíritos é comum perguntar-se onde eles encontram roupas inteiramente semelhantes às que usavam em vida, com todos os acessórios do traje?

É evidente que não levaram esses objetos com eles. De onde provêm então os que eles usam no outro mundo? Esta questão é bastante intrigante, se bem que para muitas pessoas não passa de uma simples curiosidade. Não há dúvida de que se trata de fenômeno extraordinário, mas o que o ultrapassa é a produção de matéria sólida persistente, provada por numerosos fatos autênticos.

Acreditamos que esse problema é de grande importância, e isso nos levou a estudar O Livro dos Médiuns na busca de uma resposta que satisfizesse a nossa dúvida. Sigamos então adiante:

Na Revista Espírita de agosto de 1859, encontramos no artigo Mobiliário de Além-Túmulo a seguinte carta que um dos correspondentes do Departamento do Jura enviou à Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas:

“...um fato pessoal que aconteceu comigo, em maio de 1858. Foi a aparição do Espírito de uma pessoa viva que ficou muito admirada por ter vindo me visitar. Eis as circunstâncias: Eu estava muito doente e há tempos não dormia, quando vi, às dez horas da noite, um amigo da família sentado perto de meu leito. Manifestei-lhe minha surpresa por sua visita àquela hora. Disse-me ele: ‘Não fale; venho velá-la; não fale; é preciso dormir.’ E estendeu a mão sobre a minha cabeça. Abri os olhos várias vezes para saber se ele ainda estava lá, e de cada vez me fazia sinal para os fechar e calar-me. Ele girava uma caixa de rapé entre os dedos e, de quando em quando, tomava uma pitada, como o fazia costumeiramente. Por fim adormeci e, ao despertar, a visão havia desaparecido. Diferentes circunstâncias me provaram que no momento dessa visita inesperada eu estava perfeitamente acordada, e que aquilo não era um sonho. Quando de fato me visitou pela primeira vez apressei-me em agradecer-lhe. Trazia a mesma caixa de rapé e, ao escutar-me, estampava o mesmo sorriso de bondade que eu notara quando me velava. Como me garantiu não ter vindo, o que aliás não me foi difícil acreditar, porquanto não teria havido nenhum motivo que o impelisse a vir a tal hora passar a noite junto a mim, compreendi que apenas o seu Espírito tinha vindo visitar-me, enquanto seu corpo repousava tranquilamente em sua casa.” (1)

Os fatos de aparição pertencem às leis da Natureza, portanto, nada têm de maravilhoso. Citamos o caso acima, descrevendo um caso de aparição do Espírito de pessoa viva e que esse Espírito tinha uma tabaqueira e tomava pitadas. Contudo, apesar de aparecer com a tabaqueira ele não experimentava a sensação provocada pelo rapé. (2) Explicaremos melhor: A tabaqueira tinha a mesma forma da que ele usava habitualmente, mas essa tabaqueira nas mãos desse homem no momento da aparição à essa senhora, era apenas uma aparência. Era para ser notada, ou seja, para que a aparição não fosse tomada por alucinação produzida pelo estado de saúde da vidente. O Espírito queria que a senhora acreditasse na sua presença e tomou todas as aparências da realidade.

Uma aparência nada tem de real, é como uma ilusão de ótica, contudo, nessa tabaqueira havia algo de material, assim, foi com a ajuda desse princípio material que o Espírito aparentou-se usando a tabaqueira e vestido com roupas semelhantes às que usava quando vivo.

Para aparecer com a solidez de um corpo vivo o Espírito combina uma parte do fluido universal (3) com o fluido (de natureza semimaterial) que se desprende de um médium apto para esse efeito (4). Obedecendo a vontade do Espírito, o fluido toma a forma que ele deseja, mas a forma com que aparece geralmente é impalpável.

O Sr. Sanson, um dos membros da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, faz observar que na imagem reproduzida no espelho há qualquer coisa de real; se ela não fica nele é que nada a fixa; mas se fosse projetada sobre uma chapa do daguerreótipo (5) deixaria uma impressão, prova evidente de que é produzida por uma substância qualquer e não simplesmente uma ilusão de óptica. (6)

Em caso destes tipos devemos entender a palavra aparência no seu sentido de aspecto, de imitação, ou seja, a tabaqueira real não estava com o Espírito. A que ele segurava era apenas a sua representação. Era, assim, uma aparência, em relação ao original, embora construída por um princípio material.

A experiência ensina que não devemos tomar sempre ao pé da letra as expressões usadas pelos Espíritos. Interpretando-as segundo as nossas ideias, corremos o risco de nos expor a grandes decepções. É por isso que precisamos aprofundar o sentido de suas palavras quando apresentam a menor ambiguidade. Essa recomendação os próprios Espíritos nos fazem constantemente. Sem esta explicação à palavra aparência, constantemente repetida nos casos semelhantes poderá ser falsamente interpretada. (7)

O fenômeno acima descrito acontece porque o Espírito dispõe, sobre os elementos materiais dispersos por todo o espaço da atmosfera, de um poder que estamos longe de suspeitar. Ele pode concentrar esses elementos pela sua vontade e dar-lhe a forma aparente que convenha às suas intenções. Assim, nessa aparição as roupas do Espírito são alguma coisa como o próprio perispírito é alguma coisa. Resulta desta explicação que os Espíritos submetem a matéria etérea às transformações que desejam. Assim, por exemplo, no caso da tabaqueira o Espírito não a encontrou feita, mas ele mesmo a produziu, quando dela necessitou, por um ato da sua vontade, e da mesma maneira a desfez. É isso mesmo que se dá com todos os outros objetos, como as roupas, as joias, etc.

Essa tabaqueira foi vista pela senhora como se fosse real. Contudo, se o desejasse o Espírito poderia, também, torná-la tangível, e se fosse o caso, a senhora poderia pegá-la acreditando ter nas mãos uma tabaqueira real e se ela o abrisse, provavelmente encontraria tabaco, e se o tomasse espirraria. Então, se necessário, o Espírito pode dar não somente a forma do objeto, mas também as suas propriedades especiais. Com isso, podemos deduzir que o Espírito exerce sobre a matéria uma ação que ainda estamos longe de imaginar.

Suponhamos que o Espírito quisesse fazer uma substância venenosa que uma pessoa a tomasse. O Espírito poderia fazê-la, mas teria enorme dificuldade porque isso não lhe seria permitido, porém, poderia fazer uma substância salutar, apropriada à cura de uma doença, e isso já aconteceu muitas vezes em trabalhos de cura. (8)

Poderia, da mesma maneira, fazer uma substância alimentar. Suponhamos que fizesse uma fruta ou uma iguaria qualquer. Alguém poderia comê-la e sentir-se saciado. Mas acontece que a questão da saciedade é neste caso muito importante. Como uma substância que só tem existência e propriedades temporárias e de certa maneira convencionais pode produzir a saciedade? Essa substância, em seu contato com o estômago, produz a sensação da saciedade, mas não a saciedade propriamente dita que resulta da plenitude. Se essa substância pode agir na economia orgânica e modificar um estado mórbido, pode também agir sobre o estomago e provocar uma sensação de saciedade. Mas pedimos aos senhores farmacêuticos e donos de restaurantes para não se enciumarem nem pensarem que os Espíritos lhes venham fazer concorrência. Esses casos são raros, excepcionais, e não dependem jamais da vontade de alguém, pois do contrário todos se alimentariam e curariam de maneira vantajosa. Se os Espíritos possuem instrumentos mais perfeitos que os nossos, eles, também, os usam conforme prevê a Lei Natural, ou para entender melhor, conforme a vontade e a permissão de Deus.

Os objetos que a vontade do Espírito tornou tangíveis poderiam permanecer nesse estado e ser usados, mas isso não se faz porque é contrário às leis naturais.

Quanto mais elevado é o Espírito, mais facilmente consegue produzir objetos tangíveis, mas isso também depende das circunstâncias.

Os Espíritos inferiores, por seu apego as coisas materiais, produzem estes tipos de fenômenos com maior frequência. E por sua inferioridade, o Espírito nem sempre possui consciência da maneira pela qual produz as suas roupas ou os objetos que torna aparentes. Na maioria das vezes forma os objetos tangíveis por uma ação instintiva, que ele mesmo não compreende, porque ainda não está suficientemente esclarecido para isso.

Se o Espírito pode tirar do elemento universal os materiais para essas produções, dando a essas coisas uma realidade temporária com suas propriedades, pode também tirar o necessário para escrever, o que nos daria a chave do fenômeno de escrita direta..

Se o objeto material for volumoso a matéria de que o Espírito se serve não persistem, nem poderiam tornar-se de uso, porque na realidade não possuem a mesma densidade material dos nossos corpos sólidos, mas se são sinais escritos, como na escrita direta ou pneumatografia (9), se for útil conservar eles se conservam, mesmo porque, de uma certa maneira, foram somente marcas deixadas num corpo material.

Essa teoria pode ser resumida assim:

·        O Espírito age sobre a matéria tirando da matéria cósmica universal os elementos necessários para formar, como quiser, objetos com a aparência dos diversos corpos da Terra.
·        Pode também operar, pela vontade, sobre a matéria elementar, uma transformação íntima que lhe dê certas propriedades.
·        Essa faculdade é inerente à natureza do Espírito, que a exerce muitas vezes de maneira instintiva e, portanto, sem o perceber, quando se faz necessário.
·        Os objetos formados pelo Espírito são de existência passageira, que depende da sua vontade ou da necessidade: ele pode fazê-los e desfazê-los a seu bel-prazer.
·        Esses objetos podem, em certos casos, parecer para os vivos perfeitamente reais, tornando-se momentaneamente visíveis e mesmo tangíveis. Trata-se de formação e não de criação, pois o Espírito não pode tirar nada do nada.

A existência de uma matéria elementar única é hoje quase geralmente admitida pela ciência e os Espíritos a confirmam, como acabamos de ver. Essa matéria dá origem a todos os corpos da Natureza. As suas transformações determinam as diversas propriedades os corpos. É assim que uma substância salutar pode tornar-se venenosa por uma simples modificação. A Química nos oferece numerosos exemplos nesse sentido.

Todos sabem que duas substâncias inofensivas, combinadas em certas proporções, podem resultar numa deletéria. Uma parte de oxigênio e duas de hidrogênio, ambas inofensivas, formam a água. Basta acrescentar um átomo de oxigênio e teremos um líquido corrosivo. Mesmo sem alterar as proporções, muitas vezes é suficiente uma simples modificação na forma de agregação molecular para mudar as propriedades. É assim que um corpo opaco pode tornar-se transparente e vice-versa. Desde que o Espírito, através apenas da sua vontade, pode agir tão decisivamente sobre a matéria elementar, compreende-se que possa formar substâncias e até mesmo desnaturar as suas propriedade, usando a própria vontade como reativo. (10)

Esta teoria nos dá a solução de um problema do magnetismo (11), bem conhecido, mas até hoje inexplicado, que é o fato da modificação das propriedades da água pela vontade. O Espírito agente é o do magnetizador, na maioria das vezes assistido por um Espírito desencarnado. Ele opera uma transmutação por meio do fluido magnético que, como já dissemos, é a substância que mais se aproxima da matéria cósmica ou elemento universal. E se ele pode produzir uma modificação nas propriedades da água, pode igualmente faze-lo no tocante aos fluidos orgânicos, do que resulta o efeito curativo da ação magnética convenientemente dirigida.

Sabe-se o papel capital da vontade em todos os fenômenos magnéticos. Mas como explicar a ação material de um agente tão sutil? A vontade não é uma entidade, uma substância e nem mesmo uma propriedade da matéria mais eterizada: é o atributo essencial do Espírito, ou seja, do ser pensante. Com a ajuda dessa alavanca ele age sobre a matéria elementar e em seguida reage sobre os seus componentes, com o que as propriedades íntimas podem ser transformadas.

A vontade é atributo do Espírito encarnado ou errante. Daí o poder do magnetizador, que sabemos estar na razão da força da vontade. O Espírito encarnado pode agir sobre a matéria elementar e portanto modificar as propriedades das coisas dentro de certos limites. Assim se explica a faculdade de curar pelo contato e a imposição das mãos, que algumas pessoas possuem num elevado grau. (12)

(1) O fato descrito nesta carta pode ser lido também em O Livro dos Médiuns, segunda parte, cap. VII, Bicorporeidade e Transfiguração, item 116, Allan Kardec.

(2) A configuração deste estudo estão com base e respostas oferecidas à perguntas feita por Allan Kardec para o Espírito São Luís em O Livro dos Médiuns, segunda parte, cap. VIII, Laboratório do Mundo Invisível, item 128 e Revista Espírita, junho de 1858, Teoria das Manifestações Físicas, parte II.

(3) Fluido Universal - Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, é a trindade Universal. O espírito (Alma) é o princípio inteligente. Para que o Espírito possa exercer ação sobre a matéria tem que se juntar o fluido universal, pois, é ele que desempenha o papel intermediário entre o Espírito e a matéria grosseira. É lícito até certo ponto, classificar o fluido universal com o elemento material, porém, ele se distingue, deste por propriedades especiais. Este fluido deve ser considerado como sendo um elemento semimaterial, pois, está situado entre o Espírito e a matéria. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza; é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá. (Ver Allan Kardec, questão 27 de O Livro dos Espíritos)

(4) É esse fluido que compõe o perispírito fazendo a ligação do Espírito com a matéria. O perispírito é o invólucro semimaterial do Espírito depois da sua separação do corpo. Nos encarnados serve de liame ou intermediário entre o Espírito e a matéria. (Ver Allan Kardec, O Livro dos Espíritos – item 257 (Ensaio Teórico sobre a sensação nos Espíritos, O Livro dos Médiuns, cap. XXXII, Instruções Práticas Sobre as manifestações Físicas - Vocabulário Espírita. Obras de Allan Kardec.)

(5) Louis Daguerre (1787 - 1851), nasceu na França, foi pintor, cenógrafo, físico e inventor do daguerreótipo, algo que poderíamos chamar de uma máquina fotográfica bem primitiva. Daguerre foi o primeiro a conseguir uma imagem fixa gerada pela luz, ou seja, uma fotografia.

(6) Ver Allan Kardec, Revista Espírita de agosto de 1859, no artigo Mobiliário de Além-Túmulo.

(7) Esta observação de Kardec é da maior importância para todos os que se dedicam ao Espiritismo prático. Os Espíritos estão num mundo diferente do nosso e mesmo quando usam a nossa linguagem esta nem sempre corresponde à nossa maneira de ver. Precisamos estar atentos ao que dizem e provocar todos os esclarecimentos que nos parecem necessários. O problema da linguagem dos Espíritos, já levantados por Kardec, requer estudos aprofundados que ainda estão por ser feitos. (Nota de J. Herculano Pires in tradução de O Livro dos Médiuns de sua autoria)
Fig.: Daguerreótipo


(8) O meio seguro de se subtrair da influência dos maus fluidos que pululam em nossa volta depende da vontade do próprio homem que traz consigo o preservativo necessário, ou seja, pelo esforço que faz para dominar suas más tendências, pois os fluidos unem-se em razão da similitude de sua natureza e os fluidos antagônicos se repelem, assim, existe uma incompatibilidade entre os bons e os maus fluidos, como entre o óleo e a água. Saneia-se um mal fluido, purificando-o, destruindo o centro dos miasmas combatendo os eflúvios insalubres por correntes de ar salutares mais fortes. À invasão dos maus fluidos é preciso, pois opor-lhes bons fluidos; e como cada qual tem em seu próprio perispírito uma fonte fluídica permanente traz-se o remédio consigo mesmo; basta depurar esta fonte e dar-lhe qualidades tais que sejam para as más influências uma resistência, em lugar de ser uma força atrativa. O perispírito é, assim, uma couraça à qual é preciso dar a melhor têmpera possível; ora, como as qualidades do perispírito são, em razão, qualidades da alma, torna-se necessário trabalhar em sua própria melhoria, porque são as imperfeições da alma que atraem os maus fluidos.

O fluido universal é o elemento primitivo do corpo carnal e do perispírito que, apenas são transformações.  Pela identidade de sua natureza, este fluido pode fornecer ao corpo os princípios reparadores.

O fluido vital que tem como fonte o fluido universal é o mesmo que o fluido elétrico animalizado, designado, também, sob os nomes de fluido magnético, fluido nervoso, etc.

A quantidade de fluido vital não é fator absoluto para todos os seres orgânicos; varia segundo as espécies e, não é fator constante, seja no mesmo indivíduo, seja nos indivíduos da mesma espécie. Existem alguns que são, por assim dizer, saturados, enquanto outros dispõem apenas de uma quantidade suficiente; daí, para alguns, a vida é mais ativa, mais vibrante e, de certo modo superabundante.

Quando a quantidade de fluido vital se esgota; pode a vir a ser insuficiente para manter a vida, se não renovado pela absorção e a assimilação das substância que o contém.

O fluido vital se transmite de um indivíduo para o outro. Aquele que tem o bastante, pode dá-lo aquele que tem pouco e, em certos casos restabelecer a vida prestes a se apagar. (Ver Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, na Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita e em nota referindo-se as questões de 68 a 70 LE.)

Assim, estando condensado no perispírito, o agente propulsor é o Espírito encarnado ou desencarnado, que infiltra num corpo deteriorado uma parte da substância de seu envoltório fluídico. A cura se opera pela substituição de uma molécula insalubre por outra molécula sadia. O poder curador estará, pois, em razão da pureza da substância inoculada; ela depende ainda da energia e da vontade que provoca uma emissão fluídica mais abundante e dá ao fluido uma força maior de penetração; enfim, das intenções que animam aquele que quer curar, quer seja homem ou Espírito. Os fluidos que emanam de uma fonte impura são como substâncias médicas alteradas. (Ver mais in Allan Kardec, A Gênese, Cap. XIV, itens: 21, 31 à 34 e O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 4. Ver também exemplos de curas instantâneas reportadas na Revue Spirite: O Príncipe de Hohenlohe, dez. 1866; Jacob, out. e nov. 1867; – Simonet, ago. 1867; – Caid Hassan, out. 1867; – o pároco Gassner, nov. 1867.

(9) Pneumatografia é a escrita produzida diretamente pelo espirito, sem nenhum intermediário. Difere da psicografia porque esta é a transmissão do pensamento de um Espírito pela mão de um médium. (Ver Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, segunda parte, cap. XII, item 146.)

(10) Todas estas questões estão sendo hoje sancionadas pelo avanço da Ciência em seus vários ramos. O desenvolvimento da Física nuclear ampliou as possibilidades acima referidas por Kardec. Hoje se sabe que a matéria elementar é uma realidade e sua natureza não é atômica, mas subatômica. O fluido universal dos Espíritos, tão ridicularizados até há pouco, já é admitido pela Ciência com outros nomes: o oceano de elétrons livres da teoria de Dirac, os campos de força, o poder desconhecido que está por trás da energia, segundo Arthur Compton e que parece ser pensamento, etc. Quanto à ação da vontade sobre a matéria a Medicina Psicossomática e a Parapsicologia se incumbiram de prová-la, mesmo nos encarnados. (Nota de J. Herculano Pires in tradução de O Livro dos Médiuns de sua autoria)

(11) Magnetismo animal, também chamado de Mesmerismo (notadamente nos séculos XVIII e XIX) é o estado ou o resultado de alguém, obtido ao ser mesmerizado (ou magnetizado), com um dos significados acima listados. seria, segundo o seu descobridor, Franz Anton Mesmer, um estado particular de vibração (ou tom de movimento, em suas palavras) do fluido universal.

"Nem a luz, nem o fogo, nem a eletricidade, nem o magnetismo e nem o som são substâncias, mas sim efeitos do movimento nas diversas séries do fluido universal", definiu Mesmer.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Magnetismo_animal)

Magnetismo animal (do gr. e do lat. magnes, ímã) – assim chamado por analogia com o magnetismo mineral. Tendo a experiência demonstrado que esta analogia não existe, ou é apenas aparente, esta denominação deixa de ser exata. Todavia, como está consagrada por um uso universal, e como, além disso, o epíteto que se lhe acrescenta não permite equívoco, haveria mais inconveniência do que utilidade em mudar este nome. Algumas pessoas substituem-na pela palavra Mesmerismo; entretanto esta expressão até agora não prevaleceu.

O magnetismo animal pode ser assim definido: ação recíproca de dois seres vivos por intermédio de um agente especial chamado fluido magnético. (Allan Kardec, Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas)

O magnetismo produzido pelo fluido do homem é o magnetismo humano; aquele que provém do fluido dos Espíritos é o magnetismo espiritual.

O fluido magnético tem, pois, duas fontes muito distintas: os Espíritos encarnados e os Espíritos desencarnados. Essa diferença de origem produz uma diferença muito grande na qualidade do fluido e em seus efeitos. (Allan Kardec, Revista Espírita , setembro1865, Da mediunidade curadora.)

(12) Ver Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, segunda parte, cap. XVI, sobre os Médiuns, no item 189, o tópico referente a médiuns curadores. Ver ainda na Revista Espírita, n°. de julho de 1859, os artigos O zuavo de Magenta e Um Oficial do Exército da Itália.)

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